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W.Dias e Ciro são os grandes 'combatentes' desta eleição

Sairá das urnas a resposta sobre quem executou a melhor estratégia para partir fortalecido do pleito municipal, em busca de uma base sólida para a campanha de governo do Estado em 2018.

01/10/2016 | Edivan Araujo
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A partir das 17h deste domingo, dia 2 de outubro, quando os resultados das urnas em todo Piauí estiverem sendo apurados, terá início uma nova disputa, desta vez envolvendo os dois maiores líderes políticos da atualidade no estado: será a vez do embate entre o governador Wellington Dias (PT) e o senador Ciro Nogueira (PP).

Sairá das urnas a resposta sobre quem executou a melhor estratégia para partir fortalecido do pleito municipal, em busca de uma base sólida para a campanha de governo do Estado em 2018.

Mesmo mantendo discurso de que estarão juntos nas próximas eleições, W.Dias e Ciro estão cada vez mais distantes, diante estratégias do senador, que se empenhou como nunca antes em fazer prefeitos aliados. Com sua #ondaazul, o senador planeja ter base nas 20 maiores cidades, dando trabalho para a campanha de reeleição de Wellington, caso decida pelo rompimento com o governador.

Ciro aproveitou ainda inércia do senador Elmano Férrer (PTB) e do ex-governador Wilson Martins (PSB), que quase nada fizeram em campanha no interior.

Estratégias diferenciadas
Nesta campanha, cada um agiu a seu modo. A estratégia de Wellington foi bem menos radical, fazendo “corpo mole” em alguns municípios, inclusive na capital, optando pela garantia de apoio nos dois lados, não acirrando os ânimos entre os naturalmente aliados, e os propensos parceiros.

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Em Piripiri, com Marden Menezes (PSDB), o clima era de engraçamento. Em Campo Maior, não quis bater de frente com o deputado estadual Antônio Félix (PSD) - que apoia o irmão João Félix (PPS). Em Picos, foi só Gil Paraibano (PP) chamar Wellington de “meu governador” para que o petista sequer pisasse na cidade para subir no palanque de Padre Walmir (PT), que se eleito, será por força de um “milagre”.

Nem mesmo o fato de Picos ser um reduto que norteia uma microrregião de 46 municípios motivou Dias a se movimentar em torno do, em tese, “seu candidato”.

Já Ciro que, como senador, teria mais facilidade de bancar a “dona flor e seus dois candidatos”, desceu de cima do muro, demonstrando que seus planos não são de reeleição para o senado. Afinal, ele tem agora compromisso com o governo Michel Temer (PMDB), que precisará fortalecer-se nos Estados, tendo candidatos aliados disputando e defendendo sua causa. Difícil imaginar Ciro convencendo Wellington a assinar este “cheque em branco”.

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Mapa para 2018
Além de Teresina, os resultados em Picos, Campo Maior, Esperantina, Bom Jesus, Pedro II, Piripiri, Parnaíba e Floriano, serão decisivos para Ciro bater o martelo quanto a 2018.

No caso de Parnaíba, se Mão Santa (SD) for eleito, haverá dificuldade para Ciro e W.Dias. Quem o ex-governador escolheria como aliado? Nos bastidores já se comenta sobre a volta dele para o PMDB, o que encurtaria os caminhos que levam ao senador pepista. Sem contar que, na cidade, o governador tem um dos menores índices de aprovação no estado, não passando dos 55%.

Aposta na popularidade
E se Ciro constrói base política, Wellington aposta na popularidade, contando inclusive com o capital político de Lula, que no Piauí ainda é popular entre os mais pobres, mesmo sendo relacionado a escândalos como o da Lava Jato. Dias se mantém na faixa dos 70% de aprovação no Piauí, e em Teresina, cerca de 62%, mantendo-o vivo para as próximas eleições.

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Alterando o ditado, é “a ocasião que faz o candidato”. E no Piauí, será o novo mapa de prefeitos que irá definir como as cartas serão postas na mesa.

Fonte:180graus

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