Matéria / Politica

Discussões sobre reforma apontam para o fim da reeleição e das coligações

Marcelo Castro citou ainda a coincidência das eleições e mandatos de cinco anos como caminhos naturais para melhorar o sistema político

20/10/2016 | Edivan Araujo
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), afirmou que vai colocar a proposta de reforma política em discussão ainda em novembro. Em entrevista à imprensa nacional, ele declarou que o sistema atual está “carcomido”. Entre as prioridades apontadas por Renan estão mudanças nas coligações partidárias e a criação de cláusulas de barreira para restringir o acesso das legendas a assentos no parlamento. 

Ao O DIA, o deputado federal piauiense Marcelo Castro (PMDB), que chegou a presidir uma comissão especial sobre reforma política na Câmara, disse que as discussões em âmbito nacional levam a acreditar no fim da reeleição para o executivo e o fim das coligações proporcionais para o parlamento. Ele defendeu ainda que há duas propostas que são necessárias serem realizadas, sem as quais, segundo ele, outras mudanças tornam-se acessórias. “É preciso entender que há duas mudanças que precisam ser feitas. A primeira é por fim às coligações entre partidos em eleições proporcionais. A segunda é acabar com as campanhas individualizadas para o parlamento. É preciso aproximar o modelo político brasileiro dos demais países e nos outros as campanhas são partidárias, as pessoas votam nos partidos”, pontua o parlamentar federal. 

Marcelo Castro explicou ainda que é preciso aprofundar discussões para aplicar mudanças na forma de eleger o parlamento. Castro defende o modelo misto, em que metade dos parlamentares são eleitos por distrito e a outra parte pelos partidos em lista pré-definidas. “Isso acontece na Alemanha, maior parte dos estudiosos também defendem como o melhor modelo”, disse o parlamentar. O deputado federal piauiense citou ainda a coincidência das eleições, mandatos de cinco anos e o fim da reeleição como caminhos naturais para melhorar o sistema político brasileiro.

Por: João Magalhães

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