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O Congresso Nacional tem o desafio de formular uma lei que não deixe morrer a vaquejada, diz Maia Filho

“As pessoas têm a maior vaidade de serem os vaqueiros, os heróis do Sertão”, destacou. “Eu sou ali da região de Picos e Itainópolis.

27/10/2016 | Edivan Araujo
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Por Maurício Exenberger de Brasília
Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, o deputado federal Maia Filho (PP-PI) exaltou as carreatas de vaqueiros que estiveram em Brasília participando do ato público a favor da vaquejada. Segundo o parlamentar, o Congresso Nacional tem o desafio de formular uma lei que não deixe morrer esse evento do sertão nordestino, genuinamente brasileiro.

“As pessoas têm a maior vaidade de serem os vaqueiros, os heróis do Sertão”, destacou. “Eu sou ali da região de Picos e Itainópolis. No começo de maio, há o grande Picos Fest. A minha Itainópolis, antigamente, fazia vaquejada com a presença de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, assim como Luzilândia e Joca Marques. É uma cultura cantada por grandes artistas nordestinos.”

Durante o discurso, Maia Filho questionou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou inconstitucional a Lei Estadual cearense nº 15.299/13, referente à regulamentação das vaquejadas como práticas esportivas. “Foi uma decisão bastante polêmica e dividida (6 votos a 5). Mas, vale a maioria, e seis votaram pela inconstitucionalidade da lei.”

Alternativa – Maia Filho lembrou que os representantes das vaquejadas cobraram da Câmara dos Deputados e, também, do Senado uma alternativa à decisão do STF.

“Nesta Casa, temos um desafio de poder formular uma lei que atenda àquelas precauções que os ambientalistas têm no quesito de maltrato aos animais, mas que não deixe morrer esse esporte que, além de ser da cultura do Nordeste, é também um evento que fomenta a nossa economia”, alertou. “Há criadores de gado, vendedores de ração e criadores de cavalo — há um grande mercado em torno da vaquejada que não pode acabar de uma vez só.”

De acordo com Maia Filho, existem alternativas, para que sejam aprovados os eventos dentro da legalidade, de uma forma que proteja melhor o animal. Adiantou que já existe uma lei no Senado, “e vamos tentar criar emendas, discutir com todas as áreas, da forma mais célere possível, para que realmente se regulamente essa vaquejada legal, para que não acabem as vaquejadas”..

“Se for acabar a vaquejada, vai ter que acabar o rodeio. Quer dizer, são tradições, são eventos. E queremos dar tranquilidade ao povo nordestino, em especial ao povo do Piauí, do Sertão e da minha região”, acrescentou. “Vocês podem ter certeza de que existem aqui em Brasília representantes que vão defender essa causa tão importante na vida, no cotidiano e na economia do nosso Piauí e do nosso Nordeste.”

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