Matéria / Politica

Maia Filho integra mobilização em prol da retomada das obras da Transnordestina

A ideia é manter a concessão, ter um cronograma, liberar no primeiro momento R$ 150 milhões para retomada da obra, garantir a condições de trechos em andamento no Piauí, Ceará e Pernambuco.

07/12/2016 | Edivan Araujo
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Por Maurício Exenberger de Brasília

O deputado federal Maia Filho (PP-PI) (Maia Filho ao centro) participou nesta quarta-feira de reunião de representantes das bancadas federais do Piauí, Ceará e Pernambuco com o propósito de retomar as obras da Ferrovia Transnordestina. Durante o encontro, que contou com a presença do governador Wellington Dias e representantes da Transnordestina Logística, empresa controlada pelo Grupo CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), ficou acertada a criação de um grupo de trabalho formado por parlamentares desses três estados para acompanhar e agilizar as negociações com o Governo Federal. 

Na avaliação do deputado Maia Filho, a bancada do Nordeste deve se impor e só apoiar a aprovação do o projeto de Orçamento de 2017 (PLN 18/2016) se houver liberação de recursos para a Transnordestina. “Nós só aceitamos fechar o Orçamento de 2017. se a Transnordestina for atendida”, enfatiza o deputado, reforçando posição também manifestada pela deputada Maria Gorete Pereira (PR/CE). 

Empregos - O governador Wellington Dias disse que ficou feliz com a proposta de formação do grupo de trabalho composto por senadores e deputados do Piauí, Ceará e Pernambuco, que são os estados diretamente beneficiados pela Transnordestina. Destaca que se trata da maior obra de ferrovia do Brasil e uma das maiores do planeta, capaz de gerar seis mil empregos imediatos e garantir redução de custos de produção e maior competitividade de frete no mercado internacional.

A ideia é manter a concessão, ter um cronograma, liberar no primeiro momento R$ 150 milhões para retomada da obra, garantir a condições de trechos em andamento no Piauí, Ceará e Pernambuco. Destaca, ainda, os empreendedores que acreditaram na obra, no cronograma do governo, e fizeram investimentos na região, produzindo soja, milho, eucaliptos, além de minério de ferro, mármore, gesso, entre outros produtos, e agora são obrigados a transportar esses produtos por meio de rodovias, a um custo de transporte mais caro, porque a ferrovia não ficou pronta. Segundo ele, esse é mais um ingrediente que implica garantir o apoio de todos para concluir essa obra, mesmo com dois anos de atraso, em 2019. 

Integração - Há três meses no cargo, o presidente da Transnordestina Logística, empresa controlada pelo Grupo CSN I(Companhia Siderúrgica Nacional), Sérgio Leite, destacou importância do encontro com os parlamentares pela organização e integração em prol da ferrovia, que permitirá a integração definitiva da região.  Afirmou que inicialmente a empresa tem a necessidade de liberação de cerca de R$ 400 milhões, provenientes do Finor (Fundo de Investimento do Norteste) e da Valec, estatal do governo federal que tem participação de 8% na Transnordestina, para reiniciar os trabalhos nos dois trechos onde já existem empresas mobilizadas, o mais rápido possível, tanto no Piauí quanto no Ceará. A obra tem hoje 54% de implementação. A empresa tem a perspectiva de R$ 3 bilhões, dos quais os R$ 400 estão incluídos, para terminar a ligação de Eliseu Martins até o Porto do Pecém, “que seria o primeiro corredor logístico integrado a porto”. 

Sérgio Leite pondera, no entanto, que os trabalhos precisam ser retomados imediatamente, com comprometimento e sem sobressaltos do passado.

Extensão - A Transnordestina é uma ferrovia de mais de 1.700 quilômetros de extensão que parte da cidade de Eliseu Martins, no Piauí, até Salgueiro, em Pernambuco. Ali, a ferrovia se divide em dois braços: um seguirá até o porto de Pecém, no Ceará, e o outro, em direção a Suape, em Pernambuco.

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