A governadora em exercício Margarete Coelho (PP) criticou atos de violência praticados ontem (21) durante protesto contra a votação da PEC 03/2016, que limita as despesas dos órgãos estaduais. Ela reconheceu a legitimidade das categorias em protestar, mas afirmou que nenhuma manifestação pode resvalar para violência. O Governo quer aprovar a medida ainda neste ano. “As notícias que tivemos é que teve deputado agredido fisicamente e isso é inadmissível, um estado democrático de direito não admite esse tipo de manifestação”, pontua Margarete. (Foto: Divulgação/Ccom).
Já o secretário de Segurança Pública do Piauí, capitão Fábio Abreu (PTB) argumentou que os manifestantes são livres para se manifestarem dentro da legalidade e que assim que obteve informações de que os protestos ficaram intensos, determinou o envio do Batalhão de Operações Policiais Especiais para a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). “Não temos nenhuma gerência sobre atos de sindicato. Eles são livres pra se manifestarem. Jamais iríamos proibir qualquer ato, mas quando fomos informados acionamos os policiais do BOPE”, citou Fábio Abreu.
Margarete Coelho (PP) disse ainda que o debate vai continuar com as categorias, e ressaltou que há diferenças entre a PEC 03/2016 e a PEC 55/2016 apresentada pelo presidente Michel Temer (PMDB). “O governo não está fechando questão. Agora, todos reconhecem que o momento é de extrema gravidade e demanda determinadas reações. Não queremos debater a PEC nacional aqui, pois há diferenças sensíveis, senão votarmos a PEC 03/2016 aí sim, estaremos submissos a nacional”, pontuou Margarete, acrescentando que a proposta continua na Assembleia que tem toda autonomia para discutir o texto.
Sobre o conteúdo da PEC dos limites de despesas e a reforma da previdência no Piauí, Fábio Abreu avaliou que no momento, é preciso olhar o lado positivo da ideia. Ele citou que provavelmente o governo federal vai determinar aumento na alíquota da previdência em todo o país e o Piauí se adiantou na proposta, colocando reajuste para compensar a perda aos servidores. “Já a questão dos limites é natural. Só pode aumentar o gasto se aumentar a receita, independentemente de PEC ou não”, pontuou o gestor.
Por: João Magalhães - Jornal O Dia