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PP “pressiona” Firmino para ser candidato

Num encontro em Brasília no gabinete de um deputado, quase 2 meses depois da eleição que reelegeu Firmino para o quarto mandato de prefeito, na presença de testemunhas, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, traçou um quadro sobre a oportunid

09/01/2017 | Edivan Araujo
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Apesar de aliado do PT no governo do estado, o PP traçou duas vertentes para seguir uma nas eleições de 2018, na campanha de sucessão do governador Wellington Dias. A primeira é manter a aliança com os petistas e formarem uma chapa para a disputa das eleições que pode reconduzir Dias a um novo mandato; a segunda é se aliar a outra legenda que tenha um nome viável. O nome é o do prefeito de Teresina Firmino Filho, do PSDB, que seria candidato apoiado por um conjunto de partidos.

Num encontro em Brasília no gabinete de um deputado, quase 2 meses depois da eleição que reelegeu Firmino para o quarto mandato de prefeito, na presença de testemunhas, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, traçou um quadro sobre a oportunidade de em 2018 a disputa pelo governo contar com uma candidatura alternativa. Ciro fez uma espécie de “pressão” branca no prefeito para que ele pense na possibilidade de renunciar ao mandato e concorrer ao cargo de governador.

Falando com tranqüilidade mas com franqueza, o senador piauiense disse que se Firmino aceitar se candidatar a governador ele e o PP irão com ele. Caso contrário, continuará a aliança com o PT para a reeleição de Wellington Dias. E disse mais que a vertente traçada pelo PP não é desconhecida do governador porque ele próprio, Ciro, conversou pessoalmente com Dias e contou que a imposição por uma candidatura alternativa própria vem de cima porém consciente desses dois caminhos.

Firmino, por sua vez, ouviu calado e calado ficou, uma vez que não passa pela sua cabeça renunciar ao mandato em 2018 para partir na aventura de se candidatar ao governo do estado. Não apagou da mente do prefeito a desastrosa tentativa do então prefeito Sílvio Mendes (PSDB) abdicar do mandato em 2010 para disputar o governo e perder. Isso obrigou o prefeito a se submeter a uma nova disputa para recuperar o domínio tucano do Palácio da Cidade em 2012.

Ademais, a conjuntura nacional – tanto no plano econômico quanto político – apresenta uma perspectiva sombria de agravamento do quadro. O efeito devastador não atingirá apenas os governos federal e estaduais. Nem mesmo os municípios estão escapando dos efeitos da crise. Desta forma, construir uma candidatura neste quadro não é uma tarefa fácil, principalmente tendo do outro lado um político que conta com uma boa base de apoio popular, o que torna o projeto mais complicado.

De fato, em termos comparativos, Wellington Dias é um líder que está para o estado como Firmino Filho está para a cidade de Teresina. Ambos, por serem políticos há bastante tempo nos cargos que exercem, possuem desgastes de imagens normais em quem ocupam funções públicas eletivas. Ainda assim, conseguem manter um padrão de aceitação bastante elevado. Por essa razão é que, mesmo “pressionado” a aceitar a candidatura, é pouco provável na atual conjuntura, Firmino topar a parada.

Fonte:Paulo Fontenele/Portal AZ

Imagem: reprodução

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