Na estreia da programação jornalística da Rádio Cidade Verde, o governador Wellington Dias (PT) admitiu nesta segunda-feira (6) que 2017 será um “ano desafiador”. Ao ser entrevistado pelos jornalistas Fenelon Rocha, Joelson Giordani e Elivaldo Barbosa no Acorda Piauí, Wellington Dias falou pela primeira vez sobre a possibilidade de disputar a reeleição e iniciou a conversa falando sobre futebol, que é o tema da enquete de hoje.
A pergunta feita aos ouvintes e ao governador: “o senhor acha que os times de futebol do Piauí vão longe?”. Brincando, Wellington Dias mandou uma receita: “o negócio é correr em ziguezague, atacar em direção a trave adversária e só chutar bola indefensável”.
Para o governador, os times piauienses têm “feito bonito” e conseguiram bons resultados. Ele revelou que ficou animado quando o River representou o Estado nacionalmente no campeonato brasileiro.
Sobre a gestão, Dias admitiu que prevê um ano difícil. “Será um ano desafiador, mas não é falta de modesta, mas é preciso ir na linha que o Piauí já vem adotando”, disse o governador.
Reeleição
Pela primeira vez, o governador falou sobre a possibilidade de disputar à reeleição. Dias admitiu que quer ampliar a base do governo e a novidade é a participação do PMDB na gestão petista. Wellington Dias revelou ainda que atrairá apenas “setores do PMDB”, devido à divergência que existe no partido.
“Uns querem e outros não querem. Queremos o apoio formal do PMDB e isso acontecerá o mais rápido possível”.
Sobre reeleição, o governador disse que buscará o mesmo time para disputar a eleição de 2018.
“É uma política de confiança. Errar confiando, não fazer de conta. Eu aposto em renovar um mandado e ver os resultados da gestão. A condição para a reeleição também é fortalecer os partidos. Eu estou pedindo que 2018 se discuta em 2018. Meu compromisso é fortalecer os partidos e tenhamos a vitória”.
Capacidade de diálogo
Wellington Dias ressaltou que está sempre buscando o diálogo com todos os setores, pois é uma forma salutar de fazer com que os projetos andem. Ele acredita que a relação com Assembleia Legislativa é bem madura, com uma oposição considerada pequena.
“A gente precisa ter sintonia como outras forças vivas com a Alepi, a Câmara, o Senado, municípios e também trabalhadores empresários. Agradeço nível de maturidade que tem no Piauí, com a oposição também, que tem capacidade de diálogo para conversar com todos [...] O que a gente quer é reorganizar o Estado, os programas que o Estado tem, os projetos de Estado na área de educação, saúde, infraestrutura. A minha base, com quem tenho abertura maior faz parte desse compromisso, está comigo neste diálogo, nessa situação desde 2015 e estão comigo os partidos”.
Ele disse que defende um caminho mais “humanista” para a governança, com um olhar para o ser humano como centro de tudo. Também defendeu que a inovação é um ponto chave, sobretudo nos momentos de crise. “É preciso cuidar do ser humano nas suas necessidades básicas [...] Para poder crescer, tem que ter inovação”.
Geração de emprego
Para o governador, o principal desafio do momento é gerar emprego. “Minha tese é que, em nome do governo, é preciso gerar emprego é regionalizar todas as atividades do Estado. Isso precisa ser impulsionado”.
O governador lembrou da sua busca para conseguir investimentos privados, por acreditar que a combinação de investimentos públicos com privados vai fazer com que economia cresça.
“O estado tem uma receita que circula na economia em aproximadamente R$ 4 milhões. Vamos precisar de juros baixos, cobrando do governo federal, que tem que dar prosseguimento, aceleradamente, ao crescimento da economia. De outro lado vamos trabalhar em nome de gerar emprego, para que economia cresça também. Precisa fazer endividamento, para crescer economia para depois reduzir o endividamento”
De acordo com o governador, a dívida do Piauí diminuiu nos últimos dois anos, em torno de 12%. “Nossa divida que era de 55%, a receita cresceu e economia melhorou e caiu para 43%”
Além disso, o chefe do executivo estadual acredita que as reservas cambiais e a poupança extraordinária são uma saída em momento de crise. Somado a isso, ele defendeu o combate a sonegação fiscal, porque entende que ela cria desigualdades e atravanca o desenvolvimento. “Todos os países desenvolvidos usam reserva cambial para investimentos”, ressaltou.
Agespisa
Sobre o processo de instalação da subconcessão da Agespisa, Wellington Dias falou que a administração pelo Instituto de Águas é uma parceria para benéficio do estado, que necessita e vai ter R$ 1,7 bilhões para investir na ampliação e modernização o sistema de água.
“O resultado será a regularização, ampliação e modernização do sistema de abastecimento de água, e vai dar o serviço para quem não tem. Serão R$ 1,7 bilhões circulando na economia”.
Fonte:Cidadeverde
Foto:Cidadeverde