O senador Elmano Férrer (PMDB/PI) criticou nesta segunda-feira (17) o aumento dos juros e a redução no aporte de verbas para os Fundos Constitucionais. Segundo ele, as novas taxas e condições vigentes para os diversos tipos de financiamento não se compatibilizam com as necessidades da região Nordeste e com a crise que o país atravessa.
Em discurso no Senado Federal, Elmano Férrer destacou que há hoje no país um retrocesso e um processo de centralização de riqueza cada vez mais acentuado. “Esse retrato tem nos preocupado. A ausência de recursos e incentivos afasta o investidor e conduz ao desemprego crônico, uma econômica local sem vigor e diversos males, que vão da fome à falta de instituições de ensino, saúde e bem-estar social”, afirmou.
De acordo com o senador, documentos legais, como a resolução n. 4.452, de 17 de dezembro de 2015, do Conselho Monetário Nacional (CMN), elevaram de forma significativa os encargos financeiros das operações realizadas com recursos dos Fundos Constitucionais. A nova resolução para o período de 1º de abril de 2017 a 31 de dezembro de 2017 não alterou esta situação. “Os juros maiores afastam os investidores e, como resultado disso, é oferecido menos dinheiro para investimentos”, disse.
Nas palavras de Elmano Férrer, há um desequilíbrio no Brasil, a balança favorece as regiões mais desenvolvidas para captação e implantação de novos recursos, e dificulta para que as áreas de regiões como Norte e Nordeste participem do processo de geração de riqueza em condições competitivas com regiões mais desenvolvidas.
“Milhares de municípios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste aguardam financiamentos mais atrativos. Só assim, teremos a oferta de crédito em condições mais favoráveis. Todo o desenrolar dessa questão deve estar de acordo com as orientações da Política Nacional de Desenvolvimento Regional e com os Planos Regionais de Desenvolvimento”, afirmou o senador.
Ao final do discurso, Elmano defendeu o Pacto Federativo, como principal fio condutor, que será responsável por mostrar os caminhos do desenvolvimento equilibrado entre todas as regiões do Brasil.
Fonte: Com informações da assessoria