O governador Wellington Dias (PT) avaliou que a cena política no País é de um jogo de vale tudo em que líderes estão trabalhando para destruir o outro.
Sem citar nomes, o governador afirmou ainda que a crise política é resultado da falta de diálogo e defendeu uma repactuação entre os setores para encontrar uma saída para atual crise econômica e política.
"Me parte o coração ver essa disputa. Uma coisa é um líder disputar com outro, outra coisa é um líder querer destruir o outro. Um partido querer destruir o outro. Um poder querer destruir o outro e esse é o quadro do Brasil hoje e isso é perigoso", afirma.
Na avaliação do governador, o Piauí é exemplo de que lideranças que lutam em campos opostos estão dialogando em prol do Estado.
"Alguém duvida que estou dialogando com o Firmino, que é do PSDB? Eu não tenho direito de pedir pro Firmino ser do PT ou incorporar meu campo político, mas eu tenho a obrigação de respeitá-lo como líder e tratá-lo como tal", disse o governador.
"O que vai acontecer nas eleições é a liberdade de cada um escolher o que vai fazer. Mas, na governança, ao pensar no Piauí, tem que sentar e conversar. Por isso eu converso com Heráclito Fortes, com Wilson Martins, converso com Firmino Filho, com Marcelo Castro, com Themístocles Filho, como o Ciro Nogueira, enfim converso com Lurdes Melo e os movimentos sociais. Não é só para enganar um ao outro, jogar conversa fora, mas tem coisas que o outro tem que é importante para o Piauí, independente de governo", acrescenta.
O governador defende que o poder público é que tem obrigação de adotar ações para melhorar a vida das pessoas. "É uma falácia achar que é o mercado que vai resolver. Não vai. O mercado faz a parte dele, mas esse papel é do poder publico".
Para Wellington Dias é preciso ter maturidade política e condenou a postura de pessimismo e intolerância política.
"A gente não pode ser levado pela onda de pessimismo, pela onda de intolerância. Isso não ajuda, eu acho que não adianta ficar achando que o culpado é o João, Antônio".
Quatro campos fortes
Para o governador existem quatro campos políticos fortes. Um deles é do PT liderado pelo ex-presidente Lula. Outro campo reconhecido pelo governador é o grupo do Fernando Henrique Cardoso, outro poder citado pelo petista é o do PMDB e o campo mais esquerda o do Luciana Genro como o Psol, PSTU.
"Se pelo menos dois campos desses se abrirem para o diálogo. O ideal é que pelo menos três campos desses se unisse e eu acho que a gente tinha uma chance grande e a população vai apoiar".
Por Flash Yala Sena
Fonte:Cidadeverde