Por Fenelon Rocha
O nome da vice-governadora Margarete Coelho (PP) está sendo citado seriamente como alternativa nas eleições de 2018, na disputa pelo governo do Estado. Sondagens informações estão sendo realizadas desde que lideranças pedem Margarete como uma opção ao Palácio de Karnak. Tais sondagens mostram a ótima receptividade ao seu nome: ela é vista como maleável, competente e séria.
É uma novidade. Nos últimos meses o nome da vice-governadora foi associado a diversos planos. Meio a sério e meio de brincadeira, dizia-se que o “Plano A” sempre foi a recondução ao lugar de vice-governadora, como segunda de Wellington Dias (PT). O “Plano B” era a volta à Assembleia Legislativa, também em uma chapa de apoio ao petista. Havia até um certo “Plano C”, que a relacionava com a disputa pelo senado.
Pois sabe-se agora que pode haver um “Plano D” – e que ele pode prevalecer ante os demais. Tal plano está nascendo quase espontaneamente, através de manifestações de lideranças na capital e no interior que provocam as lideranças maiores – entre elas estariam Ciro Nogueira, Iracema Portella, Júlio Arcoverde, Firmino Filho, Wilson Martins – a levarem em conta a alternativa Margarete.
Nota-se, são manifestações que partem de campos políticos distintos, inclusive alguns que hoje se situam dentro do governo. O principal argumento é que Margarete poderia, sem dificuldades, abraçar as principais demandas de um país desencantado com a política: uma espécie de novidade com capacicade de gestão e sem escândalos.
Some-se a essas manifestações um crescente movimento nas bases do PP, não exatamente contente com o tratamento que recebe do governo do Estado. Esse sentimento aflorou especialmente nas dicussões sobre a proposta de aumento de imposto apresentada pelo governador Wellington Dias, que expôs em público diferenças entre o governador e Ciro Nogueira. Muitos populares queria a saída do PP do governo.
A candidatura de Margarete pode ser esse caminho de saída. Sem o PP ficar órfão.
Lealdade a Wellington Dias
Vale destacar, Margarete tem demonstrado uma grande lealdade ao governador Wellington Dias. Não é uma vice de faz-de-conta. Mas também não atropela o campo de ação do governador. Consegue assim manter-se em lugar secundário sem perder o brilho.
Mas há um problema. Aliás, dois – um contra e outro a favor dos que clamam por Margarete. O primeiro, a favor: Margarete tem lealdade a Wellington, mas tem lealdade e fidelidade ao seu partido, o PP de Ciro Nogueira. Poderia seguir um novo caminho sem dificuldades. O segundo, contra: não há – pelo menos por enquanto... por enquanto – indícios consistentes que mostrem a vontade de Ciro de mudar de barco, do governo de Wellington para oposição contra o petista.
Fonte:Cidadeverde