O deputado Heráclito Fortes (PSB) negou nesta segunda-feira (20) que tenha vetado o nome do vice-presidente estadual do PMDB, João Henrique, para assumir uma vaga de ministro no governo Temer. Segundo ele, tudo não passa de boato e que, se pudesse escolher, o peemedebista iria para o Palácio do Planalto.
“No sábado à noite começou a surgir boato de que eu estaria insatisfeito com a indicação do ministro João Henrique. Não dei bola para isso e quem sou eu para vetar um ministro. Eu não tenho força para isso, eu sei das minhas limitações. Mas senti que tinham pessoas usando desse artifício para prejudicar o João Henrique. Liguei para o presidente e disse que não ia influenciar em nada. Não tenho nada contra o João Henrique. É político, é meu amigo e acima de tudo é piauiense. Vai caber ao PMDB e ao presidente da República decidir. Quero deixar claro que eu torcerei para ele ser ministro”, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde.
Segundo Heráclito, que possui trânsito livre com o presidente Michel Temer, o martelo sobre a possível ida de João Henrique para Brasília deve ser batido esta tarde. Ele não arrisca afirmar um percentual de chances de o piauiense ser chamado para a vaga. “É uma avaliação difícil de ser feita, mas vai depender de uma conversa hoje à tarde que o presidente vai ter com o deputado Baleia Rossi, que é o líder do partido. Eles vão avaliar e bater o martelo”, declarou.
Confirmado até agora, de acordo com Heráclito, está convite para o deputado Alexandre Baldy ocupar o Ministério das Cidades. O deputado piauiense participou de um jantar com o presidente e aliados, dentre eles o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. “Foi uma reunião restrita a amigos e não necessariamente se fala política, mas em determinando momento o deputado Alexandre Baldy foi chamado a uma sala em separado na companhia do presidente Rodrigo Maia, que era o anfitrião, e o Michel formalizou o convite para ele assumir o Ministério das Cidades”, afirmou.
Saída do PSB
Está praticamente certa a saída de Heráclito do PSB. Segundo ele, o partido mudou de rota e se aproxima do ex-presidente Lula. “Eu quando fui para o PSB fui atendendo a um convite do Eduardo Campos. Insistente convite e avalizado pelo Wilson Martins. Naquele momento era um partido plural, aonde a meta dele era crescer visando o sucesso já em 2014 ou uma preparação para 2018. De repente, nos últimos meses o partido resolver mudar de rota. Eu até compreendo. É um desespero de Pernambuco de se aliar ao Lula, que é forte lá, e o resto do Brasil que se lixe. Diante disso, eu sou muito coerente, e o presidente do partido sabe disso. Eu não teria jamais condições de votar contra o Brasil nas reformas”, disse.
A previsão, de acordo com o deputado, é que seu destino seja resolvido esta semana. O DEM deve ser o partido escolhido por Heráclito. “Outros pedidos de saída foram dados e o meu resiste. Quero resolver esta semana. Tenho dificuldade de permanecer no partido que adota de repente uma linha radical, que não tem mais razão de ser. O mundo está abrindo, as ideologias estão sendo enterradas e de repente você quer fazer do PSB um partido para concorrer ao PSOL. Não tem espaço para mim. Tenho vários convites, mas o mais lógico é o DEM, mas não tem nada certo. Estou aguardando”, finalizou.
Por Hérlon Moraes
Fonte:Cidadeverde