O governador Wellington Dias manifestou-se contra a retirada de milhares de pessoas do Bolsa-Família no mês de abril e criou um grupo de trabalho que atuará em parceria com os municípios para a proteção de cortes ilegais do Bolsa Família. 392 mil famílias foram desligadas do programa, um mês antes do reajuste de 5,67% concedido a todos os beneficiários.
Esse é o segundo maior corte da história do programa. O maior também tinha ocorrido na gestão Temer, quando 543 mil famílias foram cortadas entre junho e julho do ano passado. “Depois dos cortes ilegais em 2016, cerca de 204 mil famílias, que não chega nem na metade do número de famílias retiradas, foram colocadas novamente no programa, mas tentaram vender a ideia de que estavam fazendo um favor. Nesse momento já ficou muita ilegalidade e injustiça com os mais pobres”, disse Wellington.
Segundo o governador, está havendo a mistura de cortes legais e ilegais, sendo os ilegais a maioria. “Se somarmos as 339 mil famílias que ficaram de fora do Bolsa Família no primeiro corte e estas 392 mil de agora, somado ainda ao crescimento do desemprego e subdesemprego, o resultado é uma tentativa clara de empurrar mais famílias para a pobreza e miséria”, pontuou Wellington.
Para ele, o governo brasileiro se tornou, na prática, um Robin Hood invertido, ou seja, tira dos pobres para pagar aos ricos. "Estamos falando de 731 mil famílias cortadas e, considerando o valor médio de R$ 177,00 por mês, chegamos ao valor de R$ 1.552.344.000,00 tirado dos mais pobres para o equilíbrio fiscal. Isto significa mais dinheiro para juros e encargos da dívida pública, que chega a 80% do PIB. Este reajuste anunciado não servirá, já que se faz a lei do papagaio, dá com o pé e tira com o bico”, explicou.
Wellington Dias orientou o grupo de trabalho a atuar com a Defensoria Pública e buscar o apoio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e cursos de Direito das universidades e faculdades. "Mais uma vez o Piauí se une na defesa dos que mais precisam. Não podemos deixar de estar do lado das famílias que vivem em situação de pobreza e que estão sendo prejudicadas”, afirmou.
Fonte: Com informações da CCOM