O deputado estadual eleito Franzé Silva (PT) descartou nesta terça-feira (9) assumir uma secretaria no 4º mandato do governador Wellington Dias. O ex-secretário de administração disse que já deu sua contribuição no Executivo e que agora trabalhará na discussão de assuntos importantes para a população no legislativo, como a previdência.
"A Previdência é um dos motivos de eu não voltar ao governo. Precisamos fazer esse debate dialogando com a população. Tenho me colocado publicamente que quero ficar na Assembleia para ajudar os outros deputados. Já dei a minha colaboração. Passei 5 anos ao lado do Antonio Neto na Fazenda, depois Administração. Recuperamos a economia e agora quero ir para a Assermbleia para dar a minha contribuição. Quero ser um deputado propositivo que dialogue com a sociedade", afirmou em entrevista à TV Cidade Verde.
Franzé ressaltou que o governador não terá dificuldade para formar sua nova equipe, já que possui quadro técnico competente na pópria administração. "Temos um quadro técnico muito bom no Executivo. Eu saí e o Ricardo ficou, como também tem na Fazenda como no Planajamento. Se o Antonio Neto por remanejado, por exemplo, tem o Sérgio Miranda, que é um grande técnico", declarou.
O ex-secretário, que foi votado em 206 municípios, defende uma Assembleia mais propositiva. "O quadro político na Alepi tem que ajudar o quarto mandato do governador. Teremos uma Assembleia mais propositiva. Alguns deputados são pessoas que vêm do quadro administrativo e que a população escolheu pra ir pra lá. Nós que vivenciamos a administração temos um poder de conhecimento a mais da gestão. Queremos contribuir com os outros deputados e contribuir com o governo não só aprovandoo as leis, mas fazendo uma Assembleia mais proativa", disse.
Redução de gastos
Franzé evitou falar em redução de gastos, mas garantiu que esse não é o principal problema do governo. "Vai ser uma decisão do governador. Tínhamos uma conjuntura e agora no 4º mandato é outro. Hoje o Piauí tem o menor quadro de terceirizados. Eu acho que a gente que que analisar a melhor forma de gestão. Nós optamos pela descentralização, o contexto agora é outro. O governador vai ver onde tem recursos parados para dar agilidade. A visão de alguns que é preciso enxugar, mas tem estado com 15 secretarias está com 3 meses de salário atrasado", destacou.
Ainda de acordo com deputado eleito, o Piauí mata um leão a cada dia por conta das constantes quedas de receita. "O desafio vem desde janeiro de 2015. Desde então temos feito milagres nas contas públicas. Sempre teve risco de atraso. A gente discutia sempre a forma de manter o estado equibrado. Matamos um leão a cada dia: a receita sempre debilitada. O governo anuncia um FPE e repassa as vezes até dez vezes menos", finalizou.
Por Hérlon Moraes
Fonte Cidadeverde