Na quinta-feira, quando boa parte do primeiro escalão do governo do Estado se encontrava em Pedro II para o Festival de Inverno, uma ausência foi notada: a do secretário de Governo, o ex-deputado Osmar Júnior (PCdoB). A ausência tinha uma razão de ser: Osmar estava em São Paulo, em conversações com lideranças do Congresso Nacional situadas no espectro da esquerda. E o tema era de interesse direto de Wellington: a reforma da Previdência.
Wellington Dias assumiu um importante papel de articulação dos governadores do Nordeste. E Osmar também dá suporte nesse trabalho, fazendo valer os oito anos que esteve na Câmara, com frequente presença nas reuniões dos líderes. Agora ele coloca esse capital político a serviços das articulações dos governadores, que buscam uma forma de reforçar a proposta de reforma com a inclusão de estados e municípios.
“O caos não interessa a ninguém”, diz Osmar, certo de que o acordo entre governadores é parte da tarefa de driblar o caos financeiro vivido por União, Estados e Municípios. E o acordo, afirma, está bem costurado. Na avalição do secretário – que já foi vice-governador do Piauí por duas vezes – só alguns nomes com assento no Planalto apostam no caos, seguindo uma lógica adotada por Donald Trump nos Estados Unidos.
“São realidade distintas. Nos Estados Unidos, o caos no governo federal não muda quase nada na rotina do país. Aqui afeta tudo”, diz. Uma boa costura em torno da reforma é um bom caminho para se evitar o caos, observa Osmar. Ele acredita que o entendimento está quase pronto, sobretudo porque a costura da reforma saiu do Executivo para o Congresso.
Osmar Júnior tem a convicção de que um novo texto já será aprovado na Comissão Mista, na quinta-feira. E a nova redação já contemplará estados e municípios.
Fonte: Cidadeverde