Durante audiência pública realizada nesta terça-feira (25), na Assembleia Legislativa do Piauí, para discutir as causas do fechamento da Fábrica Itapissuma, em Fronteiras, os dois principais encaminhamentos foram o pedido de bloqueio dos bens do Grupo João Santos; a avaliação, por parte do Ministério Público do Trabalho, da viabilidade de leilão da Fábrica; assim como o decreto de falência e abertura de licitação para que novas empresas possam assumir os serviços.
Proponentes da audiência pública, os deputados estaduais Warton Lacerda e Franzé Silva, ambos do PT, também encaminharam durante a audiência o pedido ação para cassação da permissão de exploração da atividade mineradora da Fábrica.
“O Ministério Público e a Justiça do Trabalho estão fazendo um grande trabalho e têm feito um esforço concentrado para que as atividades da Fábrica retornem o quanto antes. Já no que diz respeito à empresa, entendemos que alguns pontos cruciais estão sendo protelados e, infelizmente, quem paga por isso são os funcionários, assim como toda a região de Fronteiras”, comenta Warton Lacerda.
Paulo Pinheiro, que atuava na Assistência de Qualidade da Fábrica Itapissuma, pede que medias sejam tomadas em caráter emergencial, principalmente no que diz respeito aos direitos trabalhistas. “Nós estamos fazendo o possível para contribuir com a empresa. Aceitamos parcelamento e outras medidas, mas, infelizmente, alguns pontos do acordo não vêm sendo cumpridos. Esperamos, também, que a Fábrica possa reabrir para que tenhamos nossos empregos de volta”, diz.
Representante da Fábrica Itapissuma, o advogado Humberto Araújo explicou que o Grupo João Santos tem feito o máximo para cumprir os acordos estabelecidos na Justiça do Trabalho e tem o objetivo de retornar às atividades. O advogado também solicitou o suporte do Governo do Estado no fornecimento de água como um dos requisitos para que a Fábrica retome os trabalhos.
Também participaram da audiência a prefeita de Fronteiras, Maria Jose Ayres de Sousa; o juiz do Trabalho em Picos, Ferdinand Gomes; e o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Ednaldo Brito.
Fonte: Com informações da Ascom