O deputado Nerinho (PTB) contestou a desaprovação de emenda de sua autoria à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevendo que a totalidade dos recursos das emendas parlamentares destinadas à feiras e festivais deve ser destinado à contratação de artistas locais.
Nerinho afirmou que no próximo semestre vai apresentar a mesma proposta, através de projeto de lei, para que ela seja discutida com mais clareza e empenho.
Ele agradeceu o apoio dos deputados Franzé Silva (PT), Flora Izabel (PT), Elisângela Moura (PCdoB), Teresa Britto (PV), Hélio Isaias (PTB), Belê Medeiros (PP) e Francisco Costa (PT) à sua proposta, votando todos a favor.
O presidente da Alepi, deputado Themístocles Filho (MDB), disse que a emenda de Nerinho iria acabar os grandes eventos no Piauí, pois o Estado viraria as costas ao resto do Brasil.
“Mas se o governador Wellington Dias quiser e assumir a responsabilidade a gente aprova aqui uma Proposta de Emenda Constitucional dizendo que a partir de agora nenhuma emenda vai ser liberada para contração de banda. Sou a favor de todos os artistas, mas uma emenda assim vai emperrar a cultura”, disse.
Deputado Nerinho (PTB), ao centro/Foto: Ascom.
Segundo o presidente, a Constituição prevê que no mínimo 30% dos recursos devem ser aplicados na Educação, Saúde e Cultura. Os outros 70% podem ser aplicados em qualquer setor.
“O deputado federal Marco Aurélio (MDB) liberou ontem R$ 5 milhões para o Hospital Getúlio Vargas, que é quem faz a cirurgia de AVC, por exemplo. Agora, se quiserem radicalizar sobre as emendas para os artistas, a gente não aprova é nada”, afirmou.
Nerinho contestou o presidente e disse que a sua emenda não prejudicava nenhum dos grandes festivais e feiras já realizados há mais de cinco anos.
“O que contestamos é a cessão de uma emenda de R$ 100 mil apenas para uma festa, quando os recursos poderiam ser usados para a reforma de uma escola ou de uma estrada. Temos que valorizar os nossos recursos. Eu sei que uma emenda como essa não me rende votos, pois os artistas não votam em mim. Não estou inovando, apenas seguindo o que outros estados, como o Ceará e a Bahia, já fazem isso e no segundo semestre vamos buscar o consenso”, afirmou.
Fonte: Informapicos