Matéria / Politica

Deputada quer audiência para discutir a suspensão do Seguro Safra

23/02/2012 |
/

 

A deputada estadual Liziê Coelho (PTB) irá propor na próxima quinta-feira, 23, a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado, para discutir a suspensão do repasse do Seguro Safra aos municípios piauienses atingidos pela seca. O Ministério do Desenvolvimento Agrário negou o pedido de liberação do benefício para 35 dos 38 municípios do Estado que solicitaram a ajuda.

Liziê Coelho explicou que a situação é ainda mais grave nas cidades do Sul e Sudeste do Piauí, onde as chuvas tem sido escassas e não localizadas. “Posso citar como exemplo a cidade de Paulistana, a chuva dos últimos dias não foi suficiente para que o agricultor familiar possa garantir uma boa colheita. Essas pessoas já estão tendo prejuízos e necessitam do dinheiro do Seguro Safra”, disse.

O Governo Federal negou o repasse dos recursos depois de analisar os relatórios de perdas dos municípios e constatar que os prejuízos não tiveram a dimensão necessária para o repasse do Seguro. Segundo Liziê, isso ocorrer porque os Governos desconhecem a realidade e dificuldades enfrentadas pelo homem do campo.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário só realiza o repasse do Seguro Safra para os agricultores que comprovarem que as perdas foram superiores a 50%.  “Para essas pessoas que vivem da agricultura familiar qualquer perda representa um prejuízo sem tamanho. O Ministério tem que rever esse método utilizado para avaliar os relatórios enviados pelas prefeituras”, criticou.

Das 38 cidades piauienses que realizaram o pedido apenas Caridade do Piauí, Itaueira e São Raimundo Nonato serão beneficiadas. Mas segundo informações do ministério, ainda há dúvidas a respeito dos prejuízos nesses municípios, o que poderá levar a reavaliação do relatório.
Com a audiência pública, a parlamentar pretende reunir Governo Federal, Governo do Estado, Associação Piauiense dos Municípios (APPM), Fetag, municípios prejudicados e a sociedade civil para discutir o assunto. “O tempo está passando e nada está sendo feito de concreto. Enquanto isso o homem do campo está sofrendo as consequências, precisamos agir. Mas para isso é preciso reunir todos os envolvidos nesse assunto”, comentou.
Fonte: Ciaddeverde

 

Facebook