O senador Marcelo Castro (MDB) garante que não será plano “B” da oposição na disputa pelo governo do estado, em 2022. Descartando o interesse no governo, Marcelo reage e manda um recado para os aliados que questionam o fato do secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, não se encontrar bem colocado nas pesquisas.
Marcelo afirma que o tempo para ser candidato ao governo já passou. Ele lembra da eleição de 2014, quando se preparou para ser candidato, mas perdeu a disputa interna no MDB para o então governador Zé Filho (MDB).
“Nem para o plano A e nem para o plano B. Desde que fui eleito senador que sempre me questionam se serei candidato. Não vou ser. Acho que minha hora passou. No passado não tinha esse pensamento de ser governador, mas muitos me procuraram e insistiram. Foi uma experiência que não vou dizer que tenho trauma. Mas tenho uma lembrança que não é agradável. Vejo que meu compromisso é de fazer um bom trabalho como senador. Tenho me esforçado ao máximo. Vou continuar me esforçando para que os piauienses não tenham vergonha e não se sintam arrependidos de terem me escolhido para o Senado”, disse.
Com relação a resultado nas pesquisas, Marcelo recorda que na disputa para o Senado, era não figurava como eleito. O experiente emedebista pede paciência e destaca a capacidade de Rafael Fonteles para o cargo.
“O meu exemplo é o melhor que tem. Estamos todo tempo atrás nas pesquisas e quando abriram as urnas estava eleito. Tenho dito para os companheiros que ficam preocupados que isso é simples de explicar. O Rafael ainda é pouco conhecido. Nunca foi conhecido. É secretário de Fazenda, reconhecido nacionalmente por esse trabalho a frente do Conselho Nacional de Secretários de Fazenda do país. Ninguém vai escolher em uma pesquisa quem não conhece. Essa questão do Rafael não está bem nas pesquisas não significa nada”, destaca.
Para Marcelo, a candidatura de Rafael já está definida e não há possibilidade de mudança. “Ele já se apresentou há muito tempo. Tem rabo de gato, corpo de gato, cara de gato, é gato. Não precisa confirmar. Ele atende lideranças. Anda no interior. Semana passada fomos juntos para o Sul do Estado. O governador Wellington Dias estava junto. Ele está em intensa atividade política. Ele é o pré-candidato oficial desse grupo. É ele e ponto final”, destaca.
Disputa nacional
No plano nacional, Marcelo defende que o MDB apresente o nome da senadora Simone Tebet para disputar a presidência da República. O partido encontra-se divido com relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que encontra apoio de alguns nomes da sigla.
“Sou o tesoureiro nacional do MDB. Temos encontros freqüentes. Inclusive fizemos um documento recente sobre o que o MDB quer para o país. Estamos lutando para ter um candidato a presidente da República. Na verdade uma candidata, a senadora Simone Tebet, que é uma pessoa altamente qualificada e tem posturas muito boas em defesa do país. Trabalhamos para conseguir viabilizar. Muitos outros partidos estão fazendo o mesmo. Têm muitos outros candidatos que estão fora da polarização. Respeitamos todos e o MDB quer ser capaz de lançar um nome com apelo popular. Se tiver, iremos indicar Simone Tebet”, afirma.
Crise no país
O senador acompanha com preocupação os atos do 7 de setembro. Ele diz que a crise prejudica a recuperação econômica do país.
“Vejo com preocupação. Parece-me que no mundo inteiro há uma exacerbação dos ânimos, uma intolerância muito grande, um radicalismo, um crescimento muito intenso dos extremos. Isso não é bom para a democracia. Isso é tóxico. A democracia pressupõe um regime de respeito a posição dos outros. Sou livre para defender minha posição. É preciso focar na recuperação econômica do país. Para isso, todos precisam trabalhar juntos”, defende.
Fonte: Cidadeverde