O governador Wellington Dias recebeu, nessa terça-feira (14), integrantes do Campo Unitário, coletivo que envolve mais de 20 entidades representativas dos povos das águas, do campo e das florestas. Na reunião, foi apresentada a proposta do Programa de Abastecimento Alimentar e Popular, um projeto que busca incentivos do poder público estadual, para produção e aquisição de alimentos oriundos da agricultura familiar. O programa tem perspectiva de alcançar 5 mil famílias e terá apoio do governo estadual.
“O objetivo é a produção de alimento saudável, com sustentabilidade. Ao mesmo tempo querem avançar em tecnologia, na assistência técnica. Para isso precisam deste programa para garantir as condições de financiamento, subsídios naquilo que for necessário. Como governador já determinei à equipe que possa transformar num programa”, declarou o Governador.
Uma das justificativas do programa, denominado PRO Alimentação “Assis Carvalho”, é o cenário atual de insegurança alimentar, potencializado pelo corte de 273 mil famílias do Auxílio Emergencial. O coletivo entende que pode dar uma contribuição importante ao povo piauiense quanto à escassez alimentar, se tiver acesso a cisternas, máquinas, equipamentos necessários ao processo produtivo, de beneficiamento e comercialização.
“Temos uma etapa emergencial que é pra colocar comida na mesa dos piauienses imediatamente já no início de 2022, com aporte de recurso para produção de alimento, portanto fomento, com desconto, juro baixo” explicou Maria Cazé, coordenadora regional do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA).
O Campo Unitário reconheceu as ações adotadas pelo Governo do Piauí quanto à produção, assessoramento técnico e comercialização, que tem impedido uma tragédia da fome ainda maior. Entre as entidades representadas, estavam a Cáritas, MST, Fetag e a Articulação de Povos Indígenas.
“A fome ainda está na mesa do pequeno agricultor. Esse projeto do Campo Unitário traz de novo a dignidade para nossas comunidades, desde indígenas, ribeirinhas, sem-terra, todas que passam por necessidades”, avaliou Cícero Evangelista Dias, coordenador de comunidades tradicionais.