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Políticos relembram carreira e lamentam morte do ex-ministro Eliseu Padilha

Filiado ao MDB desde 1966, foi ministro de estado nos governos de FHC, Dilma Rousseff e Michel Temer. Ele morreu na segunda-feira (13), em Porto alegre, deixa a esposa e seis filhos

14/03/2023 | Redação
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha / Foto: Isac Nóbrega/PR

Morreu na noite desta segunda-feira (13), aos 77 anos, o ex-ministro Eliseu Padilhainformou sua assessoria. Ele fazia tratamento contra um câncer no estômago no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Padilha deixa a mulher e seis filhos.

Segundo a sua assessoria, o velório será realizado na quarta-feira (15), entre 10h e 17h, no Palácio Piratini, sede do governo estadual, na capital gaúcha. Depois, o corpo será levado para o Angelus Memorial e Crematório, para cerimônia restrita aos familiares.

Nas redes sociais e por meio de notas, políticos, amigos e familiares relembraram a carreira de Padilha e lamentaram a sua morte. A prefeitura de Tramandaí, cidade da qual Padilha foi prefeito em 1989, decretou luto oficial de três dias. O governo do estado fez o mesmo.

Confira, abaixo, as homenagens.

Simone Camargo, esposa de Eliseu Padilha

Michel Temer, ex-presidente do Brasil

"Lamento profundamente a perda do meu amigo e companheiro de longa data, Eliseu Padilha. Eu, líder do PMDB em 1994, o conheci logo que chegou ao Congresso Nacional, eleito para seu primeiro mandato pelo Rio Grande do Sul. Ali nascia uma longa amizade de quase 30 anos. Padilha foi um companheiro de todas as lutas, sempre ao meu lado e ocupando diversos cargos importantes na República: foi Ministro dos Transportes do governo Fernando Henrique Cardoso, presidente da Fundação Ulysses Guimarães e Ministro da Casa Civil do meu governo, quando desempenhou brilhantemente a coordenação dos ministérios. Como parlamentar experiente, conhecia como ninguém o Congresso e, em reconhecimento a este saber, tornou-se fonte permanente da imprensa. Padilha, foi um homem devotado ao nosso país. Fará falta".

Simonet Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento

Alexandre Padilha, Ministro das Relações Institucionais

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul

Gabriel Souza, vice-governador do RS

Luiz Carlos Gauto, prefeito de Tramandaí

Sebastião Mello, prefeito de Porto Alegre

Câmara Municipal de Porto Alegre

Beto Albuquerque, ex-deputado estadual e federal

Henrique Alves, ex-ministro

Helder Barbalho, governador do Pará

Álvaro Dias, senador

Ricardo Barros, deputado federal e ex-ministro da saúde

Alceu Moreira, deputado federal

Fernando FiIho, deputado federal

 

Ex-ministro

Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) desde 1966, foi ministro em governos do PSDB (assumiu a pasta dos Transportes entre 1997 e 2001, na gestão FHC), do PT (secretário de Aviação Civil de Dilma Rousseff em 2015) e do MDB (foi ministro-chefe da Casa Civil entre 2016 e 2019 e ocupou interinamente o cargo de ministro do trabalho por cinco dias em 2018, ambos no governo de Michel Temer).

Natural de Canela, na Serra do RS, advogado e empresário, Eliseu Padilha começou a carreira política em sua cidade natal no movimento estudantil. Em 1967, passou a morar em Tramandaí, no Litoral Norte do estado, onde se elegeu prefeito em 1989. Obteve o primeiro mandato de deputado federal em 1995, a partir de quando começa a ocupar cargos no Executivo e na direção do PMDB nacional.

Como deputado federal pelo RS, cumpriu quatro mandatos, entre os anos de 1995 e 2015.

Padilha foi ministro de estado quatro vezes, em três governos diferentes: entre 1997 e 2001, foi Ministro de Transportes de Fernando Henrique Cardoso.

Durante o governo de Dilma Rousseff, foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, cargo que cumpriu entre janeiro e dezembro de 2015. Nomeado logo no primeiro dia do segundo mandato de Dilma, Padilha acabou acumulando funções políticas ao longo de 2015, em boa medida para ajudar Temer a aprovar medidas de ajuste fiscal encomendadas pela petista. Ele pediu demissão, no entato, logo depois que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu o pedido de impeachment.

Perto do fim do ano, Padilha sinalizou que deixaria o governo no momento em que aliados de Temer passaram a demonstrar constrangimento com a pressão do Planalto para que o vice se posicionasse contra o impeachment de Dilma. Na carta de demissão, alegou "razões pessoais".

Na entrevista em que explicou sua saída, disse que o PMDB estava "dividido" sobre o impeachment, mas negou que seria um articulador da destituição de Dilma.

Já no governo de Michel Temer, foi Ministro-Chefe da Casa Civil entre 2016 e 2019 e ocupou interinamente o cargo de Ministro do Trabalho por cinco dias, entre 5 e 9 de julho de 2018.

Nota oficial anuncia morte do ex-ministro Eliseu Padilha — Foto: Reprodução

Nota oficial anuncia morte do ex-ministro Eliseu Padilha — Foto: Reprodução

Fonte: G1

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