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Piauí registra mais de 800 focos de queimadas em agosto

26/08/2024 | Redação
/ (Foto: Reprodução)

 

O Piauí vem enfrentando um aumento no número de queimadas. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 816 focos de incêndio apenas no mês de agosto de 2024.

Até o dia 16 de agosto, o estado havia registrado 467 focos, o que evidencia que, na última semana, houve uma intensificação na ocorrência de queimadas.

Entre sábado (24) e domingo (25), o estado contabilizou 38 novos focos de queimadas. Desde o início do ano, a região já acumulou 2.246 focos de incêndio.

Os municípios de Uruçui, Floriano e Ribeiro Gonçalves foram os mais afetados, com 85, 53 e 51 focos, respectivamente. A região do cerrado é a mais impactada, concentrando 64% dos focos registrados.

O professor Rafael Marques, Mestre em Estudos Regionais e Geoambientais e doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esclarece que, embora o número de focos de incêndio no Piauí seja preocupante, o estado representa apenas 2,1% do total registrado em todo o Brasil. Atualmente, o Piauí ocupa a 13ª posição em relação ao número de queimadas no país. Na região Nordeste, o Piauí é o terceiro em registro de focos. Ficando atrás do Maranhão e da Bahia.

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Na Amazônia e no Pantanal, por exemplo, a temporada de incêndios tem sido particularmente severa.

A cidade de São Paulo também está em alerta máximo devido ao crescimento de focos de incêndio. Desde quinta-feira (22), foram registrados 2.621 focos, o maior número em 26 anos. 

“O Piauí está com um certo nível de controle de focos em comparação aos outros estados. Mas a temporada de queima só está no início. Culturalmente as maiores quantidades identificadas no estado são nos meses de agosto, setembro, outubro até meados de novembro. Acredito que o número ainda deve crescer”, afirma. 

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Orientações para reduzir efeitos da fumaça na saúde

A população precisa estar ciente sobre como se proteger e evitar, sempre que possível, a exposição aos poluentes e à fumaça intensa e à neblina, causadas pelo fogo. Entre as recomendações do Ministério da Saúde estão o aumento da ingestão de água e de líquidos, como medida para manter as membranas respiratórias úmidas e, dessa forma, ficarem mais protegidas. O tempo de exposição deve ser reduzido ao máximo, devendo manter a permanência em local ventilado dentro de casa, se possível com ar condicionado ou purificadores de ar. Para reduzir a entrada da poluição externa, durante os horários com elevadas concentrações de partículas, as portas e as janelas devem ser mantidas fechadas. As atividades físicas devem ser evitadas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre o meio-dia e as 16h, quando as concentrações de ozônio são mais intensas.

É recomendável ainda a utilização de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas para diminuir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas às áreas de focos de queimadas. A medida reduz o desconforto das vias aéreas superiores. Já máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas.

As recomendações devem ser seguidas por toda a população e a atenção deve ser redobrada em crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes.

Ao sinal de sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde a pasta indica a busca imediata de atendimento médico.

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Com informações do Portal O Dia

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