Matéria / Educacao

Mercadante nega alteração de dados por causa de uma falha

08/01/2013 |
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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, negou na tarde desta segunda (07/01) que o acesso temporário que alguns candidatos tiveram de informações de outros estudantes tenha possibilitado a alteração de dados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

O site foi aberto para inscrições de estudantes pouco depois da meia-noite desta, segunda, e candidatos que acessaram o site do Sisu nos primeiros minutos da abertura das inscrições relataram que tiveram acesso a dados de outros estudantes, como o nome, telefone, e-mail, além das notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Mercadante afirmou, após um evento em Brasília, que o ministério estima que "quatro ou cinco" estudantes conseguiram acessar dados alheios. "No Sisu nós tivemos em doze horas mais de 470 mil inscritos, e nos primeiros minutos de abertura, de quatro a cinco estudantes entraram em uma página que dava acesso a alguns dados", explicou o ministro.

Segundo ele, porém, o caso "não tem nenhuma implicação, nenhum desdobramento e foi imediatamente corrigido".

Na manhã desta segunda, o Ministério da Educação admitiu que durante alguns minutos o sistema apresentou problemas permitindo a visualização de dados de outros candidatos, mas que não era possível alterar os dados. De acordo com o MEC, o problema foi solucionado. primeiras horas de inscrição

O estudante Murilo Gonçalves disse que teve acesso aos dados de outros dois candidatos, um chamado Felipe e outro Rafael. Os dados apareciam quando o candidato que entrava no sistema clicava na página “Ajuda”. “Este problema mostra que o sistema do Inep é instável e inseguro”, diz o estudante.

A candidata Samara França disse que, ao atualizar sua inscrição no Sisu, constatou que os seus dados haviam sido alterados. “Apareceram dados de uma pessoa que não conheço. Atualizei novamente e o erro foi corrigido. Porém, ao atualizar novamente minha página no Sisu, outros dados de outra pessoa apareceram”, afirmou. “Como um site gerenciado pelo governo, permite que uma falha grave dessas ocorra? E se eu fosse uma pessoa de má fé? Tive acesso à informações pessoais de uma pessoa desconhecida, e poderia muito bem fazer uso desses dados.”

 

Fonte: Com informações do G1

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