Matéria / Cidades

Criança é encontrada com os olhos cobertos de larvas no Piauí

05/07/2013 | Edivan Araújo
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Um menino de aproximadamente dois anos de idade foi encontrado em condições subumanas na zona rural do município de Geminiano (PI), localizado a 323 km ao Sul de Teresina. Os olhos da criança estavam cobertos de larvas, que já fizeram com que o garoto perdesse parte da visão. 

O conselheiro tutelar do município de Picos, para onde o garoto foi levado, Josimar Lima, informou que a situação da criança é gravíssima e que nem mesmo os médicos do Hospital Regional Justino Luz, do Município de Picos, souberam ainda diagnosticar que doenças a criança pode ter, já que constantemente reclama de dores e apresenta sintomas diversos, além de sofrer de doenças mentais.

Durante os primeiros atendimentos prestados, o que mais chamou a atenção foi a condição sub-humana a que a criança estava exposta e a enorme quantidade de larvas de inseto nos olhos do menino. De acordo com Josimar, foram retiradas 45 larvas do olho direito e 25 do olho esquerdo do garoto. 

“Na situação dele, só Deus. Já pedimos orações de todos do município, de todos que souberem da situação dele, porque ele está muito mal. O tempo todo reclama de dores, está sempre chorando. Estamos aguardando os primeiros diagnósticos dos médicos para ver o que podemos fazer, que mecanismos iremos acionar quanto à família do menino”, disse ele. 

A mãe da criança, que não teve seu nome divulgado, aparentemente sofre de algum tipo de deficiência mental e, por isso, não teria conseguido prestar maiores esclarecimentos quanto à situação da criança. O pai do menino, de acordo com Josimar, é alcoólatra. 

Assim que foi encontrado, durante visita de rotina do Conselho Tutelar de Geminiano a residências do município, o garoto foi encaminhado ao Hospital Regional de Picos, onde está recebendo atendimentos e passando por exames e pode ser transferido para Teresina ainda na tarde de hoje (05). O Conselho Tutelar estuda agora acionar o Ministério Público do Piauí para auxiliar no caso da criança. 

Fonte: Portal O Dia

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