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Piauí registra 762 focos de incêndio em apenas um mês

28/08/2013 | Edivan Araújo
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Com a baixa umidade do ar e o calor excessivo típico da primavera piauiense, o risco de fogo em áreas de vegetação se eleva ao máximo. Um incêndio de grande proporção aconteceu nas margens da rodovia BR-316 ao lado do Posto II da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na manhã de terça-feira, na zona Sul de Teresina. O fogo atingiu a mata seca, mas queimou também as árvores que ficam próximo do local. As chamas se alastraram rápido, pois a mata estava seca. Não se sabe ainda o motivo porque a mata foi incendiada.

Casos como esses não estão isolados. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe – o Piauí, assim como outros nove estados brasileiros, está com risco de fogo crítico. Do primeiro dia de agosto até agora, foram registrados 762 focos de calor em todo estado, com destaque para Uruçuí, que registrou 99 desses focos e Baixa Grande do Ribeiro, com 81 incidências.

O Cpetec adiantou que ontem foram registrados 11 focos de queimadas no Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, em Barreiras do Piauí, e um foco na Reserva de Uruçuí-Una, em Currais do Piauí.

Só em 2013, o Piauí teve 1.614 focos de calor. Contudo, o gerente estadual do Prev Fogo do Ibama, Samuel Maia, esclarece que esses dados apresentam imprecisão. “O registro é feito através de um satélite que capta as áreas muito aquecidas, no entanto, alguns dos focos identificados podem ter tido origem do espalhamento de outros focos de incêndio”, disse o gerente.

O gerente Samuel Maia explica ainda que o maior potencial para incêndios em vegetações do Sul do estado, se deve aos fatores clima e tempo, ressaltados com a baixa umidade e presença acentuada de fortes ventos na região.

Ele ressalta que a vegetação ressecada contribui, e muito, para o espalhamento e perda de controle sobre o fogo, tornando a situação ainda mais perigosa.

Das causas atribuídas a incêndios, 99% dos focos acontecem pela ação humana, não existindo a possibilidade de incêndios espontâneos ou causados por uma ‘bituca de cigarro’, por exemplo. “Em grande parte das ocorrências é possível comprovar exatamente como o incêndio foi iniciado, mas não quem provocou. Os motivos mais comuns são as pequenas fogueiras feitas, talvez, por caçadores para se esquentar durante a noite ou a queima para rebrota do pasto e coivaras.

Fonte: Meio Norte

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