Matéria / Cidades

Açude registra a maior seca em 30 anos; Jaicós pode ficar sem água ainda em 2011

20/07/2011 |
/

Imagem: Cidades na Net

Tiririca registra maior seca em 30 anos

Diante do consumo ainda desenfreado, é maisgrave a cada dia a situação do histórico AçudeTiririca, construído em 1981 para abastecer acidade de Jaicós, da qual fica distante cerca de 3 km.

A capacidade total de acúmulo de água é de 4,6milhões de m³, porém, atualmente o reservatóriodispõe apenas de 10% de sua capacidade,segundo informou o chefe do escritório local daAgespisa, Francisco de Assis Costa e Sousa (Chiquinho de Patrício). Em consequência disso, aAgespisa poderá ter que suspender ainda este anoo fornecimento de água.

Desde fevereiro deste ano, a Agespisa adotousistema de racionamento. O fornecimento de água,segundo Chiquinho, está sendo suspensodiariamente das 19h30 às 06h00.


As primeiras medidas, porém não suficientes, foram tomadas pelo Governo do Estado ePrefeitura Municipal. Diversos poços tubulares estão sendo perfurados a cerca da cidade. Um dos poços perfuradospela Agespisa, situado nas proximidades do balão de acesso à cidade de Picos, foi interligado a rede. Um segundo,situado na Avenida Industrial, deverá ser interligado em até 15 dias. A Agespisa calcula que, juntos, os dois poçossomam cerca de 18.000 m³/hora.

Além destes, outros dois poços, um situado no Bairro Bonsucesso e doado pela Prefeitura e outro no Serranópolis,recém perfurado próximo ao Aeroclube, também serão interligados. Para abastecer a cerca de 10 mil habitantes dacidade de Jaicós, seriam necessário 100 mil litros de água por hora. Atualmente, a cidade está sendo abastecida comapenas 60 mil l/h.

Segundo Chiquinho, seriam necessários mais de 10 poços tubulares para assegurar o abastecimento de água nacidade. Desta meta, apenas quatro foram perfurados. Ainda segundo o chefe do escritório, a população estáconsciente do problema, mas ainda não reduziu o volume de consumo. Para ele, a omissão é o maior problema.

A reportam do portal Cidades na Net visitou nesta terça-feira (19) o açude. Quem conhece o histórico açude e recordaépocas de cheias, como da sua última sangria em 2004, se assusta ao ver imagens da atual situação. É possívelperceber a gravidade do problema.

A aposentada Josefa Maria da Conceição, que chegava ao Tiririca sob um sol forte para lavar roupa em um “olhod’água”, relembrou épocas de cheia do açude e se emocionou ao lembrar que as terras onde foi construídopertenciam a seu avô.

Diante da água escura e com características barrenta, Dona Josefa colhe água para o consumo com a ajuda das netasem um pequeno olho de água. “Nem para lavar roupa, beber e cozinhar essa água não serve mais”, disse.

O manancial está secando. Velhas árvores que antigamente estavam completamente submersas, agora estão todasexpostas. Chão rachado, acesso livre e por terra a locais onde antigamente era possível com uso de barcos. Atémesmo areia está sendo colhida por populares em meio a antiga represa.

 

Fonte: Com informações Cidades na Net

Facebook