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Após decisão do TCE, gastos com a folha caem para 44%

O número representa uma queda de mais de 10 pontos percentuais dos gastos no início de janeiro.

05/02/2015 | Edivan Araujo
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O Governo do Piauí gastou 44,15% da arrecadação própria com a folha de pagamento do mês de janeiro, que ainda está sendo liquidada. O número representa uma queda de mais de 10 pontos percentuais dos gastos no início de janeiro, quando houve a troca de governo. Na ocasião, o Estado estava gastando 55,4% da receita com a folha, ultrapassando o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A redução foi alcançada graças à decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em não colocar gastos com inativos na contabilização de gastos com pessoal. O percentual ainda é um pouco acima do limite de alerta imposto pela LRF. De acordo com o secretário de Administração, Franzé Silva, a diminuição no percentual de gastos na folha de pagamento não significa que o Estado respire aliviado nas contas.

“Normalmente, as pessoas vão pensar que o Estado está bem. É importante esclarecer que o Piauí não está bem. Na verdade foi uma saída conjunta entre a equipe técnica e econômica do governo e a aceitação da linha de argumentação por parte do Tribunal de Contas”, explicou Franzé Silva.

Ele informou que o governo ainda conseguiu reduzir em R$ 4 milhões os gastos com pessoal. “Fechamos a folha de dezembro com R$ 271 milhões e a de janeiro com R$ 267 milhões. Não teve nenhuma mágica financeira. O fato do TCE reconhecer a insuficiência financeira com inativos como outras despesas e não como gastos com pessoal foi determinante. Essa readequação de gastos foi importante.”, pontuou o secretário.

Franzé afirmou também que agora o Estado corre para negociar o recebimento de recursos financeiros de convênios e operações de crédito. Ele ainda lembrou dos cerca de R$ 50 milhões de insuficiências previdenciárias que continuam sendo repassados mensalmente para efetuar o pagamento de aposentados e pensionistas.

Por: João Magalhães - Jornal O Dia

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