Matéria / Politica

OAB-PI diz ter dezenas de casos de corrupção envolvendo magistrados

O presidente afirmou que a OAB visa o fortalecimento das Corregedorias

09/03/2015 | Edivan Araujo
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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional do Piauí (OAB-PI), William Guimarães, revelou em entrevista ao jornal Diário do Povo, que a Ordem fez dezenas de denúncias de corrupção praticada por magistrados, que estão sendo apuradas no Tribunal de Justiça do Piauí. No caso do juiz da 2ª Vara Cível de Teresina, José Ramos Dias Filho, William afirmou que um dos conselheiros da OAB fez sustentação oral em julgamento no STF para afastar o magistrado das funções, porque ele não reúne condições de permanecer na magistratura.

O presidente afirmou que a OAB visa o fortalecimento das Corregedorias para ter um desempenho diferenciado e continuar se estruturando melhor para acompanhar os julgamentos dos processos. Ele disse que o conselheiro federal Sigifroi Moreno acompanhou o processo, no caso do juiz Zé ramos, para afastá-lo das funções.

Segundo William Guimarães, o magistrado estava nas funções por força de uma liminar concedida em Mandado de Segurança. Ele confirmou que foi feita uma petição ao ministro Celso de Mello, informando ao ministro que o juiz depõe contra a boa imagem do Judiciário do Piauí.

"O Judiciário têm dezenas de casos de corrupção e sempre apresentamos os casos à Corregedoria e defendemos o afastamento.", confirmou o presidente da OAB-PI.

Por outro lado, William Guimarães afirmou que o TJ do Piauí é o que está em pior colocação nos tribunais do Brasil, em relação aos julgamentos deste tipo de demanda. "São os piores índices desse tipo de demanda, que são os crimes contra a administração pública e atos de improbidade administrativa. Cobramos do Tribunal de Justiça e do Ministério Público uma atenção especial nos julgamentos deste tipo de demanda.", assinalou.

Para o presidente da Ordem, não precisa mudar o sistema de julgamento no Judiciário, porque os outros estados têm a mesma legislação e têm dado um julgamento mais célere. "A não ser que seja preciso mudar os procedimentos internos no Tribunal. Reconhecemos que a legislação nem sempre é a mais adequada, mas precisamos evoluir no Judiciário.", advertiu.
Fonte: Com informações do Jornal Diário do Povo

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