Matéria / Cidades

Diga não a currupção!

O povo não é bobo

01/03/2016 | Edivan Araujo
/

Pela primeira vez na história os brasileiros reconheceram a corrupção como o maior problema do Brasil. 36% dos que responderam a pesquisa do Instituto Datafolha demonstram que o brasileiro parece estar cada vez mais consciente das moléstias trazidas pela corrupção. Tráfico de influência, nepotismo, desvio de verba pública, suborno são algumas das práticas mais comuns no Brasil. Há quem diga que é impossível governar sem se corromper e que esse tipo de atitude seria naturalizada, própria do meio político. Como se fosse possível separar a moral individual da política. Como se você pudesse ser um cidadão, mas quando político, inevitavelmente se tornasse corrupto e corruptor. Mas a corrupção está presente também em situações muito comuns do nosso mundo privado. Como: não respeitar fila, estacionar em vagas para deficiente irregularmente, não devolver o troco que veio a mais etc. Quando as leis e instituições públicas não são fortalecidas e o cidadão não se preocupa e não age contra aquilo que é ilegal a corrupção se prolifera como uma praga. A corrupção sai do bolso do contribuinte, ou seja, somos nós que sustentamos o sistema corrupto. É a partir da nossa inércia que ela cresce e come uma fatia gigantesca dos recursos que deveriam chegar a educação, saúde, infraestrutura e impedindo o progresso do país. Como sempre, os mais atingidos são os mais pobres, já que eles dependem exclusivamente dos serviços públicos. E o pior, a corrupção gera maior desigualdade social. Uma parcela extremamente restrita da população acumula quase todo o dinheiro. Fazendo com que o restante tenha que lutar para pegar seu minúsculo pedaço do que sobrou. Não é a toa que os países mais corruptos são justamente aqueles que detêm maior concentração de renda. A falta de planejamento é uma das maiores inimigas da gestão pública. Quando a prefeitura gasta mais do que arrecada ela se endivida. Deixando a dívida para o sucessor, gerando uma bola de neve. Por exemplo, ao desobedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o gestor compromete as fontes de financiamento. A coisa pública ainda é vista por muito como a “coisa de ninguém”, na qual qualquer um pode meter a mão e se beneficiar dela. E na realidade a coisa pública é de todos e a todos são devidas satisfações acerca do que se faz com os recursos do povo.

Facebook