Matéria / Geral

Crise afeta construção civil no Piauí

Obras seguem em ritmo lento, ou param, e a culpa é principalmente da crise que se instala no país

08/04/2016 | Edivan Araujo
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Teresina virou um verdadeiro canteiro de obras paradas, e não são só as públicas, que no Piauí é a coisa mais normal do mundo, mas empreendimentos da iniciativa privada pararam, ou seguem em ritmo lento, e a culpa é principalmente da crise que se instala no país. Se antes o problema para conclusão das construções era mão de obra, hoje o desemprego atingiu quase todas as construtoras que tiveram que diminuir os custos com os empregados. Em 2015, a construção civil no Piauí demitiu cerca de 9 mil operários, que corresponde 23% da classe. A situação em 2016 não tem expectativa de melhora. Além disso, o ‘boom’ no mercado imobiliário nos últimos anos aumentou significativamente o número de empreendimentos no estado, em especial em Teresina, mas muitos destas obras hoje se arrastam, gerando descontentamento nos clientes. Por outro lado, alguns destes clientes decidem optar pelo fim do contrato, por não terem condição de arcar com as despesas, situação que foi agravada o último ano. O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE, apresentou variação de 0,82% em março, ficando 0,02 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (0,84%). O Piauí chamou a atenção, onde a média de custo é a maior do Nordeste. O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em fevereiro havia fechado em R$ 976,82, em março subiu para R$ 984,81, sendo R$ 525,38 relativos aos materiais e R$ 459,43 à mão de obra. No Piauí a média de custo é R$ 956,20, acima da média do Nordeste, que é de R$ 912,41. Fonte:180graus

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