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Infectologista analisa se reabertura do comércio pode aumentar casos de coronavírus em Picos

O médico disse que um dos maiores problemas da doença é não saber quase nada dela

10/06/2020 | Edivan Araujo
Médico infectologista Anderson Clayton / Foto: Riachaonet

Dalila Pereira/estagiária

A reabertura do comércio, ocorrida na última segunda-feira (08), sempre gerou questionamentos sobre a possibilidade do aumento do número de casos da Covid-19 em Picos, devido a volta de circulação de pessoas pelas ruas e pontos comercias. O médico infectologista Anderson Clayton, em entrevista remota ao Boletim do Sertão, analisou a situação e falou sobre as dificuldades de um parecer concreto, uma vez que o coronavírus é novo e ainda está em estudo.

“A relação dessa conduta principalmente na questão da economia se torna uma decisão difícil até por conta de não haver muitas informações sobre a doença, só em não haver informações sobre a transmissão, período de transmissão, pois na grande maioria das doenças os cientistas, os médicos, já têm essas informações e por essa doença ser nova, se torna difícil ter uma opinião concreta em relação a questão econômica de reabertura do comércio com a situação da pandemia”, explica o infectologista.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou na última terça-feira (09) que pacientes assintomáticos não transmitiriam a doença. A informação foi revista e a organização voltou atrás afirmando que mesmo pessoas sem os sintomas da Covid-19 transmitem o coronavírus. Portanto, para o médico, a melhor forma de resguardar a saúde das pessoas seria a testagem em massa.

“De uma forma geral, em meu ponto de vista, se as entidades públicas disponibilizarem mais testes para serem feitos em pontos estratégicos, pela rua, a pessoa fazendo compras e fazer os exames rapidamente, e não só do paciente procurar, mas os próprios profissionais procurarem os pacientes, o comércio poderia abrir de forma mais segura”, diz o médico.

Anderson Clayton comenta ainda que não vê como um ponto negativo a reabertura do comércio de forma seletiva, pois os estabelecimentos não estão sendo colocados em funcionamento ao mesmo tempo, o que pode garantir um número limitado de pessoas circulando pela rua.

 

Fonte: Boletim do Sertão 

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