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Presidentes de 11 partidos, incluindo aliados de Bolsonaro, se reúnem contra voto impresso

Não existe o menor sentido em se mudar sistema atual de votação eletrônica – disse o presidente do PSL, Luciano Bivar

26/06/2021 | Redação
Reunião de presidentes de 11 partida contra voto impresso / Foto: Reprodução

Por Bela Megale / O Globo

Presidentes de 11 partidos se reuniram neste sábado, por videoconferência, e decidiram se posicionar publicamente contra o voto impresso. Entre os presentes estavam aliados de Jair Bolsonaro, como o presidente do PP, Ciro Nogueira, do Republicanos, Marcos Pereira e do PL, Valdemar Costa Neto. Bolsonaro é um dos principais críticos do sistema atual e levanta suspeitas de fraudes nas eleições, apesar de nunca ter apresentado provas. 

Além deles, estavam presentes os presidentes do PSL, Luciano Bivar, do DEM, ACM Neto; do MDB, Baleia Rossi, do PSD, Gilberto Kassab, do Solidariedade, Paulinho da Força, do PSDB, Bruno Araújo, do Avante, Luís Tibé e do Cidadania, Roberto Freire.

– O principal objetivo é mandar um recado claro de que esses partidos são contra mudanças no sistema eleitoral. Vamos trabalhar junto ao Congresso para que não haja alteração. Uma mudança pode colocar em xeque todo o sistema eleitoral brasileiro e também nossa democracia. Imagina a instabilidade que o Brasil pode viver com vários pedidos recontagem. Nosso sistema eleitoral é um mais confiáveis do mundo, não tem por que mexer. – disse à coluna ACM Neto, presidente do DEM.

A comissão especial criada pela Câmara dos Deputados para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório o voto impresso se reúne na segunda-feira para apresentação do parecer do relator, o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR).

– Não existe o menor sentido em se mudar sistema atual de votação eletrônica – disse o presidente do PSL, Luciano Bivar.

– As pessoas que perderem as eleição vão questionar o resultado na Justiça e será uma loucura. O sigilo do voto ficará em risco, com a recontagem. Além de abrir possibilidade de compra de votos nos rincões do Brasil. Só falamos sobre isso na reunião, porque qualquer outro assunto ia dar briga – afirmou o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força.

 

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