O governador Wellington Dias (PT) afirma que a reforma tributária seria o caminho para atacar a alta nos preços dos combustíveis. O tema é motivo de conflito entre os governadores e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem aprtido).
Wellington afirma que os governadores se colocam à disposição do Governo Federal para ajudar a resolver a questão. “O preço dos combustíveis, do gás de cozinha, da energia elétrica é a reforma tributária. Há uma proposta em que os estados estão dispostos a ter uma forte redução na tributação do consumo do gás que consumimos, da energia, do combustível, da comunicação e trazer para a área da renda. É uma proposta corajosa de 27 estados dialogada com o setor privado que simplifica, que acaba com a bitributação e a tritributação, que acaba com a guerra fiscal e cria um fundo com recursos dos próprios estados para o desenvolvimento de regiões menos desenvolvidas”, destaca.
O governador defende uma reforma tributária que não seja picotada. “Ao invés de fazer uma proposta picotada naquele ponto, fazer uma proposta mais avançada. No caso específico dos derivados do gás e do petróleo como gás de cozinha, gasolina e do Óleo Diesel . Nesse caso também precisa ter um sistema como o Brasil já teve. Se você olha quanto era o preço da gasolina, em 2017, era pouco mais de R$ 3,00. Por que subiu até 2020 para R$ 4,00 se de lá para cá não teve alteração do ICMS? Subiu porque explodiu a desvalorização do real, a valorização do dólar e o preço do barril de petróleo”, destaca.
Para Wellington Dias, a alta nos preços é reflexo da política adotada pelo governo federal.
“O Brasil é um país autossuficiente na produção de petróleo. A rigor o que produzimos é mais do que suficiente para o consumo brasileiro. Por isso, o Brasil tem que ter uma política calibrada em relação a subida do preço do dólar, do barril de petróleo com um colchão de proteção para não ter essa subida. Era isso que tínhamos lá atrás e infelizmente acabaram. Isso causa um impacto muito grande, inclusive na inflação. Ela eleva outros preços e carrega outros preços e é muito perigoso. Estamos já correndo risco de fechar o ano acima de 2 dígitos da inflação. Já vivi 84% ao mês. Isso não é bom para ninguém. É ruim para o assalariado, para o empresário, o comércio e o poder público, é ruim para todos”, destaca.
Com informações do Cidadeverde