Matéria / Esportes

Libertadores: Santos perde fora; Inter e Flu ficam no 0 a 0

26/04/2012 |
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Não deu desta vez! Atrapalhado pela altitude de La Paz, o Santos perdeu para o Bolívar (BOL) por 2 a 1 o jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Com dois gols de falta de Campos, os bolivianos virão até o Brasil com a vantagem do empate para se classificar. Para o Peixe basta uma vitória por 1 a 0 dentro de casa. Maranhão foi o autor do gol de honra alvinegro.

Bem postado defensivamente, os santistas sentiram a altitude principalmente no começo e no fim do jogo. Gripado, Neymar (para variar) sofreu com a forte marcação. Até objeto vindo das arquibancadas acertou a Joia.


Ganso, do Santos, e Cardozo, do Bolívar, disputam a bola (Foto: EFE)

O jogo

Quando a bola rolou no estádio Hernando Siles o Santos sentiu a altitude. Na empolgação da torcida, que lotou o palco da partida, o Bolívar foi para cima e o primeiro gol saiu ainda no primeiro minuto de jogo. Campos bateu falta e acertou a trave esquerda. Num lance de pura má sorte, a bola desviou nas costas de Rafael e entrou.

O tento fez com que os donos da casa crescessem ainda mais no duelo. Os bolivianos pressionavam a saída de bola, e assim, não deixavam os santistas jogarem. O time de La Paz ainda assustou em alguns lances, porém nada de ampliar o placar.

Com o passar do tempo o Peixe foi se soltando em campo e criando chances. Apagado até então, Neymar começou a ser mais acionado na esquerda. Arriscando mais lances individuais, o camisa 11 arrumou a falta que originou o empate santista. Elano bateu com capricho da entrada da área e viu o goleiro desviar a bola para a trave. Maranhão, mostrando oportunismo, colocou para dentro aos 34. O tento salvava um primeiro tempo ruim do Santos...

A segunda etapa começou mais morna. Bem posicionada, a equipe santista evitou a pressão boliviana nos primeiros minutos e não tomou muitos sustos. A aposta passava a ser no contra-ataque.

Depois dos 15 primeiros minutos, o Peixe foi recuando. Com a bola, os alvinegros administravam o resultado. Apesar de atacar muito mais, principalmente pela esquerda, o Bolívar não criava grandes perigos ao gol de Rafael.

A insistência boliviana teve a recompensa aos 29 minutos. Em mais uma ótima cobrança de falta de Campos, Rafael viu a bola morrer no seu canto direito.

Apagado no segundo tempo, Neymar, além de sofrer com as habtuais faltas que recebe, ainda acabou acertado por um objeto vindo das arquibancadas. Na bronca, a Joia foi prontamente atendida e voltou para o jogo.

Com o gol dos donos da casa, a partida ficou mais aberta. O Santos, recuado até então, resolveu ir para o jogo e passou a criar boas jogadas no ataque. Aos 40 minutos quase veio o tento de empate. Após boa jogada de Arouca, Neymar fintou o zagueiro e bateu firme, obrigando o goleiro a fazer bela defesa.

Agora o Peixe volta a enfrentar o Bolívar, pelo jogo de volta, no próximo dia 10. O local do encontro será definido nos próximo dias, com a chance dos santistas optarem pelo Pacaembu. Antes disso, os alvinegros enfrentam o São Paulo, pelas semifinais do Paulistão, no próximo domingo, às 16h, no Morumbi.



Inter pressiona, mas não fura bloqueio do Fluminense


Em uma partida de dois tempos totalmente distintos, nada de gols no Beira-Rio. Melhor para o Fluminense, que leva a vantagem de decidir em casa uma vaga nas quartas de finais da Copa Santander Libertadores, mas precisa ficar atento para não tomar gols. Após um primeiro tempo sem emoções e com muita violência, o segundo tempo reservou bons momentos. Entre eles, uma caneta de Leandro Damião e um pênalti perdido por Dátolo. Diego Cavalieri acabou sendo o herói da noite.


Thiago Neves recebe a marcação de Guiñazu no Beira-Rio (Foto: Alexandro Auler/Photocamera)

Agora, o Internacional volta suas atenções para a final do segundo turno do Campeonato Gaúcho, diante do Grêmio, no domingo. Já o Fluminense descansa e só volta a jogar no próximo dia 6, pela decisão do Campeonato Carioca. O adversário sai já no domingo, quando Vasco e Botafogo decidem o título da Taça Rio.

PANCADAS, LESÕES E NADA DE EMOÇÃO

Como não poderia ser diferente, a partida começou com as duas equipes se estudando muito. O Inter, mandante, possuía maior posse de bola, mas levou perigo apenas com as bolas paradas, nos primeiros minutos, e com chutes de longa distância. O Fluminense, bem postado, apostava em jogadas pelas pontas com Thiago Neves e Rafael Sobis.

Após o susto inicial, o Fluminense começou a dominar as ações e rodear a área do Colorado. Em umas dessas chegadas, Rafael Sobis ficou com a bola limpa na entrada da grande área, mas arriscou fraco, sem dificuldades para Muriel. Envolvente, em certos lances, o Flu apostava no bom início de Thiago Neves, mas chegar dentro da área começou a ser uma missão difícil, com o ferrolho armado por Dorival Júnior. Do outro lado, o Inter seguia com dificuldades para distribuir as jogadas.

Após os 30 minutos, a partida seguiu morna, com o aumento excessivo no número de faltas. Chances de gol foram poucas. Aos 31, Diguinho sentiu dores na perna direita e pediu para sair, obrigando Abel Braga a fazer a primeira alteração. Jean foi para o jogo. Aos 42, foi a vez de Kléber sentir a coxa e também deixar o gramado para a entrada de Fabrício.

Além das lesões e das pancadas de ambos os lados, o primeiro tempo foi encerrado sem gols e sem qualquer emoção para o torcedor. Para quem esperava um jogo repleto de chances de gol, com Fred e Leandro Damião inspirados, a primeira etapa ficou devendo. E muito.

OUTRO JOGO NO SEGUNDO TEMPO

O Inter voltou para a segunda etapa com a entrada de Jajá no lugar de Dagoberto. Logo em seu primeiro lance o o atacante levou perigo, cobrando falta e no rebote Leandro Damião quase marcou. No lance seguinte, uma pintura. O camisa 9 aplicou uma caneta em Gum e na sequência tentou dar uma lambreta no volante Jean, mas errou.

A blitz colorada seguiu e o Fluminense passou por apuros nos primeiros minutos. Até um gandula ameaçou jogar a bola e confundiu os jogadores do Tricolor. Tinga aproveitou um cruzamento de Dátolo e quase marcou. A pressão continuou, até que Fabrício cruzou pela esquerda e Leandro Damião foi derrubado por Edinho, dentro da área. Penâlti e reclamação tricolor. Na cobrança, Datólo pegou a bola e cobrou rasteiro no canto esquerdo. Diego Cavalieri voou e fez uma brilhante defesa, para delírio da pequenas, mais barulhenta torcida do Flu no Beira-Rio.

Dois minutos depois veio a resposta do Flu. Rafael Sobis invadiu a àrea pela esquerda e bateu cruzado. Muriel defendeu e em cima da risca Índio salvou o Colorado. Após o ritmo alucinante imposto no início da partida, mais pelos lados do Inter do que do Fluminense, o jogo deu uma esfriada. O Inter seguiu melhor, buscando manter o domínio das ações e pressionar o Tricolor no campo de defesa, enquanto o Flu esperava o melhor momento para contra-atacar.

Segurando a partida, o Fluminense seguiu impedindo o ímpeto do Internacional. Aos 32, Abel Braga chamou Lanzini e colocou o argentino na vaga de Thiago Neves. A pressão colorada aumentou nos minutos finais e a cada bola tirada, de qualquer maneira, os tricolores vibravam. No último lance, Jô acertou uma bomba na trave para o desespero dos colorados.

O Colorado bem que tentou, mas o Fluminense foi valente. O empate sem gols acabou sendo amargo para o Inter e uma vitória para o Tricolor. Apesar de não ter perdido no Beira-Rio, o resultado pode ser perigoso para o Flu, já que um gol do Colorado no Engenhão pode mudar o rumo deste confronto. Como Abel tinha falado anteriormente, a decisão ficou para o segundo jogo. Essa vantagem, o Fluminense ainda manteve.


Fonte: Lancenet.com.br

 

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