Matéria / Polícia

Perícia confirma que irmãos foram envenenados com chumbinho em Parnaíba

16/10/2024 | Redação
/ (Foto: Arquivo Pessoal / Lupa 1)

 

O laudo do Instituto de Criminalística confirmou que os irmãos João Miguel da Silva, 7 anos, e Ulisses Gabriel da Silva, 8 anos, foram envenenados com substância análoga ao chumbinho, que é usado ilegalmente para matar ratos e como inseticida nas lavouras.  

Os irmãos foram envenenados com cajus pela vizinha e levados em estado grave ao hospital. João Miguel da Silva não resistiu e morreu. Ulisses continua internado na UTI pediátrico do HUT (Hospital de Urgência de Teresina). 

“A perícia constatou que o veneno encontrado na residência da vizinha é compatível com a substância análoga ao chumbinho”, disse o delegado Regional de Parnaíba, Williams Pinheiro.

 

O delegado informou que a vizinha Lucélia Maria da Conceição Silva, presa em flagrante, foi indiciada pelos crimes de homicídio qualificado, pelo envenenamento e tentativa de homicídio qualificado. O Ministério Público já protocolou a denúncia a justiça. O caso foi investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis.

“A investigação apontou que a vizinha tinha desavenças, principalmente porque as crianças pegavam frutas em seu quintal. É assustador tanta banalidade”, disse o delegado. 

Segundo a investigação, os irmãos foram envenenados após vizinha se irritar com as crianças que subiram no muro do seu imóvel para pegar caju. A presa chegou a dar uma sacola de cajus envenenados para as duas crianças. O crime aconteceu no bairro Dom Rufino, em Parnaíba. No dia da prisão da vizinha, a população revoltada incendiou a residência da presa. 

Perícia confirma que irmãos foram envenenados com chumbinho em Parnaíba

 

A mãe relatou que os filhos comeram os cajus e saíram para brincar. Quando o mais novo voltou, ele já reclamava que estava tonto.

Os irmãos apresentaram sintomas de intoxicação como convulsão, corpo roxo, língua preta e vomitando. 

O garoto mais velho de 8 anos, Ulisses, permanece na UTI após dois meses.

Por Yala Sena

Com informações do Portal Cidade Verde

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