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Novo presidente do TJ diz que julgamentos de crimes de corrupção terão prioridade

Ele também defende maior investimento em tecnologia para a punição de criminosos.

07/01/2019 | Edivan Araujo
O desembargador descarta realizar novo concurso em 2019. / Foto: Reprodução

O desembargador Sebastião Ribeiro Martins tomou posse na presidência do Tribunal de Justiça do Piauí. Segundo ele, durante os próximos dois anos de gestão, será dada  prioridade para os julgamentos de crimes de corrupção e contra a mulher. 

Ele afirma que é preciso tornar o julgamento dos processos mais céleres. "Assumo a presidência e a chefia do Poder Judiciário. A prioridade da atividade da Justiça é julgar os processos com celeridade. Uma das principais reclamações do cidadão brasileiro que procura a Justiça é a morosidade. O processo demora três ou quatro anos. Nossa meta é aumentar a produtividade e incentivar a conciliação e mediação como meios de pacificação social", disse.

Sebastião Martins destaca a necessidade da Justiça acelerar os julgamentos dos crimes contra as mulheres.

"O Piauí é um Estado machista. O próprio CNJ elegeu a meta número oito que é o combate da rede de violência doméstica contra a mulher. Sabemos que no Piauí houve um incremento muito grande do número de mulheres mortas. A minha meta é fortalecer essa rede de combate ao assassinato de mulheres. Vamos julgar todos os processos que envolvam a violência doméstica", disse.

Ele também defende maior investimento em tecnologia para a punição de criminosos.

 "Vamos fortalecer a secretaria de tecnolorgia da informação e implantar o processo judicial eletrônico em todo o Piauí. Ao longo de dois anos vamos abolir o uso de papel na Justiça do Piauí. Temos um processo administrativo que ninguém usa papel", disse.

Sobre o concurso de cartórios, ele disse que deve ser homologado em dois meses.

"Esse concurso dos cartórios tramita desde 2013 devido a grande judicialização da matéria. Sabemos que é um direito do candidato judicializar. Já se arrasta há muitos anos, mas pretendo nos próximos dois meses homologar o resultado final do concurso para atender a solicitação da população", disse.

O desembargador descarta realizar novo concurso em 2019.

"Concurso para servidores e juízes não faremos nesta gestão. O concurso de servidores foi prorrogado e mais com a implantação do processo judicial eletrônico temos que rever a quantidade de servidores. O processo eletrônico trabalho com  três ou quatro servidores. É inegável que temos que ter oficial de justiça e assessores. Vamos privilegiar a atividade fim do judiciário", afirmou.

Ele destaca a necessidade da Justiça ser mais célere no julgamento dos crimes de corrupção.

"O combate à corrupção é uma meta do próprio CNJ. Os juízes criminais encarregados do processo de crimes contra administração pública  terão prioridade. Os crimes contra corrupção terão prioridade de julgamento", afirmou.

Fonte: Cidade Verde

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