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Rompimento entre PMDB e PT nacional não deve repercutir na relação no Piauí

Até agora, somente Marcelo Castro quer manutenção de aliança com o Governo da presidente Dilma.

22/03/2016 | Edivan Araujo
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Um rompimento do PMDB nacional com o Governo federal não deve repercutir diretamente na relação entre o PMDB piauiense e o governador Wellington Dias (PT). De acordo com o secretário de Governo do Piauí, Merlong Solano, se por acaso o PMDB nacional optar por abandonar o Governo Dilma e começar a defender a saída da presidente do cargo, ele vai lamentar o abandono da sigla a constitucionalidade e adesão do partido àquelas forças que tentam chegar ao poder através de um golpe de estado, mas entende que no Piauí, o governo deve fazer uma separação de esferas nacional e estadual, para que Wellington Dias mantenha os partidos que dão suporte a governabilidade.

O diretório regional do PMDB no Piauí e em mais 15 estados assinou um documento solicitando que o diretório nacional da sigla se reúna em 29 de março, ou seja, na próxima terça-feira, para votar sobre o afastamento ou não do partido ao Governo Dilma Rousseff (PT). De acordo com João Henrique Sousa, presidente em exercício do partido no Piauí, em convenção nacional do PMDB, no dia 12 de março, ficou proposto o prazo de até 30 dias para o partido tomar a decisão de romper ou não com o Governo Dilma Rousseff e os diretórios sugeriram a data de 29 para votarem esta e outras propostas.
Sobre como deve ficar a situação entre PMDB e PT no Piauí, João Henrique Sousa diz primeiro é preciso ver o resultado do PMDB nacional para só depois avaliar estado por estado. “Não posso ficar comentando um resultado que ninguém sabe ainda, mas acredito que se rompermos em nível federal, vamos ter uma conversa no Piauí. Isso será tratado só depois”, diz Sousa.

Na reunião extraordinária marcada para dia 29, 119 membros do PMDB nacional vão votar a proposta. Segundo João Henrique Sousa, não há nenhum direcionamento por parte do vice-presidente Michel Temer e cada membro vai votar de acordo com suas posições. Até agora, entre os membros piauienses, apenas Marcelo Castro tem decidido votar pela continuação do partido na base aliada do Governo Federal. Também possuem direito ao voto, além de João Henrique, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Themistocles Filho (PMDB).

“Não há motivos para o Piauí não ter assiando a solicitação do encontro. A convenção nacional foi dia 12 e tinha 30 dias para decidir sobre as monções propostas e 16 estados entendem que dia 29 é o dia decisivo. Eu entendo que o PMDB, como maior partido do Congresso e do país, pode tomar qualquer uma das decisões de romper ou não, mas se romper, o Governo Federal vai ficar totalmente fragilizado. Mas eu não posso adivinhar o resultado”, disse João Henrique Sousa.

Já Themistocles Filho disse que foi informado da reunião do dia 29 de março, mas que ainda não sabe a pauta. De acordo com a imprensa nacional, o vice presidente Michel Temer (PMDB) já conversa com líderes da oposição, como o senador José Serra, do PSDB, na tentativa de começar a desenhar um provável Governo no futuro próximo, já que a presidente Dilma Rousseff (PT) enfrenta um processo de impeachment no Congresso Nacional e se por acaso ela perder o apoio do PMDB, dificilmente vai conseguir se manter no cargo.


Fonte:Jornal O DIA

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